O novo governo e o lugar do SUS na agenda brasileira , especialistas em saúde coletiva apontam entraves do sistema e desafios que os eleitos precisarão enfrentar (e resolver!)
Adriano de Lavor *
Hoje o Brasil vai às urnas, e o resultado do pleito, que escolherá o novo presidente da República, governadores, senadores e deputados, estará diretamente relacionado ao futuro da saúde no país. Foram duas décadas, desde a criação do SUS , e dois grandes ciclos de governo — oito anos de gestão FHC e oito, de Lula —, perfazendo 16 anos em que se poderia consolidar a proposta de atenção universal à saúde com base nas necessidades e direitos da população.
No entanto, questões relativas ao
- (Sub)financiamento do sistema — expressas na não regulamentação da Emenda Constitucional 29 (EC-29) —,
- à definição de um plano de carreira para os trabalhadores de saúde,
- às necessidades de mudança no modelo de atenção e
- à relação do SUS com o mercado de planos privados, entre outras, ainda estão por se resolver.
Um Sistema baseado na universalização de acesso e não na capacidade contributiva dos cidadãos modelo também da Itália, Espanha, Inglaterra e Canadá, e organizado de forma a oferecer serviços em condições iguais para todos, sem separação de clientela, o SUS abre horizontes e possibilidades para a saúde brasileira, ao mesmo tempo em que expõe sua fragilidade. Identificar os acertos e os problemas pode se traduzir em orientações para o próximo governo. Radis ouviu especialistas em saúde coletiva sobre entraves do SUS e pontos urgentes que a nova gestão em Saúde terá de enfrentar.
Veja a matéria: http://www4.ensp.fiocruz.br/radis/97/pdf/radis_97.pdf
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