ALEMANHA
Ter um plano de
saúde na Alemanha é obrigatório para os cidadãos que dispõem de renda até um
determinado teto estipulado pelo governo. Existem no país diferentes
seguradoras públicas, capazes de se auto gerir e que disputam as parcelas do
mercado. Cada um dos planos públicos de saúde oferece ao assegurado um nível de
cobertura específico, mas que acaba se assemelhando, considerando que todos são
obrigados a respeitar o catálogo de "coberturas obrigatórias" determinado
pelo governo. Os custos dos planos são divididos igualmente entre o empregador
e empregado.
Via de regra, o
cidadão pode escolher livremente os médicos e os hospitais que procura. Aqueles
que têm uma renda acima do limite estipulado pelo governo - hoje 3375 euros
mensais - podem optar por um plano de saúde privado. O mesmo vale para
autônomos e funcionários públicos. Neste caso, o leque de coberturas e os
custos mensais com o plano podem variar bastante. A Alemanha ocupa o terceiro
lugar no ranking mundial de gastos públicos com a saúde.
Holanda
Nos Países Baixos,
os pacientes são obrigados - exceto em casos de emergência - a procurar um
"médico de família", que pode ser escolhido livremente. Este clínico
geral é quem decide se há necessidade de tratamento com algum especialista ou
se o paciente deverá ser enviado a um hospital. A escolha do especialista ou da
clínica pode ficar então a cargo do paciente.
É interessante
observar que, na Holanda, apenas seis por cento do contingente de doentes são
enviados a um especialista. Os "médicos de família" são geralmente
muito bem qualificados, sendo obrigados pelo Estado a absolverem com freqüência
cursos de aperfeiçoamento. Os custos com planos de saúde no país perfazem
10,25% dos salários, o que significa quase 30% menos do que o assegurado alemão
é obrigado a gastar.
França
O sistema de saúde
francês foi considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o melhor
do mundo. Aqui, o Estado exerce um papel central, ao controlar as relações
entre as diversas instituições financeiras, os médicos e os pacientes. Desde
1996, o Parlamento decide sobre o montante de verbas a ser destinado às
seguradoras públicas de saúde, às quais estão ligados mais de 60% dos
franceses. O restante da população possui planos de saúde especiais, com
diferentes tabelas de custos e coberturas.
Na França, há
liberdade total de escolha para o paciente. Quem fica doente, pode decidir se
procura um clínico geral ou se vai direto a um especialista. Alguns gastos por
parte do assegurado, como o pagamento adicional pelos medicamentos, são muito
altos: em muitos casos, o paciente arca com até 70% destes custos. Por outro
lado, as contribuições para o plano público de saúde são pagas praticamente
pelo empregador. Os empregados são obrigados a destinar apenas 0,75% de seus
salários às seguradoras.
Reino Unido
O sistema britânico
de saúde é estatal, sendo financiado pelas contribuições dos assegurados. No
país não existem caixas independentes a serem escolhidas livremente pelos
cidadãos. Para o paciente, os resultados são sensivelmente piores que em outros
países europeus: no Reino Unido, espera-se, via de regra, cerca de 18 meses por
uma operação. Por isso, o país envia pacientes até mesmo para a França ou
Alemanha para tratamento.
Aos idosos, são
muitas vezes negadas formas de assistência extremamente essenciais. Um exemplo:
pessoas acima de 60 anos não podem mais receber próteses para articulação
coxo-femural. Só se consegue cobertura para tal pagando por um seguro privado
adicional, que permite o tratamento em uma clínica particular cara. As
contribuições para os planos públicos de saúde no país giram em torno de peno
menos 10% da renda mensal.
Suíça
O número de médicos
por cidadão é no país o mais alto do mundo (perfazendo um total de 14 mil profissionais).
A qualidade dos serviços é apontada como uma das melhores do mundo. Desde 1996,
todo cidadão que vive na Suíça é obrigado a ter um plano de saúde, que pode ser
escolhido livremente entre as mais de cem seguradoras do país. Estas respeitam
uma legislação relativamente liberal - se comparada a outros países europeus -
e são fiscalizadas por um departamento federal. Aos cidadãos são oferecidos
diversos tipos de planos de saúde, entre eles alguns modelos que incluem um
sistema de bônus. Os prêmios dependem, no caso, da renda do paciente. Todo
cidadão suíço é obrigado a pagar do próprio bolso parte dos custos de suas
visitas ao médico.
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